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Engenharia de sistemas baseada em modelos (ESBM)

De forma resumida, a Engenharia de Sistemas Baseada em Modelos - ESBM (em inglês, Model-Based Systems Engineering - MBSE) é a aplicação padronizada e formal de técnicas de modelagem, permitindo melhor planejamento e execução de um projeto, desde a fase de concepção até a de desativação. Os processos envolvidos podem incluir levantamento de requisitos, estimativas de custo de implantação e custos operacionais, eficiência, confiabilidade, entre outros. O INCOSE [1] ressalta a importância da ESBM, como o padrão do futuro para a execução da Engenharia de Sistemas, com atenção especial em ambientes de modelagem integrados.

A criação de modelos em ES pode ser realizada em três etapas: na primeira o engenheiro de sistemas define o conjunto de processos baseados em modelo a serem utilizados; na segunda ele utiliza as ferramentas de modelagem e repositórios de dados para criar artefatos bem estruturados, com o uso de linguagens de modelagem padronizadas; na terceira etapa a informação dos modelos é organizada de acordo com o público alvo – os diferentes stakeholders –  utilizando diferentes tipos de frameworks de apresentação. Para se ter máxima eficiência no processo, os quatro elementos base da ESBM devem ser bem empregados, como ilustrado no infográfico.

Os processos baseados em modelo – muitas vezes os processos tradicionais de ES, como gerenciamento de risco e de requisitos, pesquisa operacional e arquitetura do sistema –  têm como objetivo prover a estrutura e base analítica para permitir a avaliação do sistema sob as diversas visões e os pontos de vista desejados. A ESBM tem obviamente uma ênfase no modelo, porém o foco deve ser nos componentes e nas relações deles entre si, não no artefato “modelo”. Ao empregar técnicas de ESBM, é importante ter em mente as mudanças nos processos e mindsets de engenharia, além de garantir o entendimento e expectativas por parte dos stakeholders em relação a "o que" os artefatos produzidos podem fornecer ao processo/projeto.

As linguagens de modelagem são a base das ferramentas de ESBM, permitindo o desenvolvimento de modelos para os sistemas. São baseadas em uma representação visual e/ou uma ontologia. Já a estrutura define as relações entre os componentes e entidades de um sistema, garantindo a concordância do modelo e permitindo a emergência dos comportamentos e caracterizações de desempenho (performance) do sistema.

Finalmente, os frameworks de apresentação vão fornecer os componentes lógicos para visualização ótima dos dados do sistema, de acordo com seu público ou área de interesse dos stakeholders. Os artefatos de apresentação são os modelos tradicionais de apresentação da engenharia de sistemas, podendo incluir as visões e descrições padronizadas (como algumas definidas pela ISO), bem como a estrutura padrão de dados da arquitetura de sistemas.

 

REFERÊNCIAS

[1] Beihoff, Bruce & Oster, Christopher & Friedenthal, Sanford & Paredis, Christiaan & Kemp, Duncan & Stoewer, Heinz & Nichols, David & Wade, Jon. (2014). A World in Motion – Systems Engineering Vision 2025.

LINKS RELACIONADOS

 

 

LINKS EXTERNOS

 

A primer for Model-Based Systems Engineering

INCOSE Webinar 121 - SE Demystified

INCOSE SE Handbook V4

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