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Visão Geral do Curso de Graduação em Engenharia de Sistemas da UFMG

 

Iniciado no primeiro semestre de 2010, o curso noturno de Bacharelado em Engenharia de Sistemas da UFMG é originário da área de Engenharia Elétrica e Eletrônica. Tem como objetivo geral formar engenheiros com sólido preparo científico e tecnológico na área de Engenharia de Sistemas, que busquem maneiras eficazes de gerenciar a complexidade e os riscos associados a mudanças, à medida que a flexibilidade e a necessidade de evolução continuam a crescer em produtos, serviços e na sociedade. Enfoca a visão holística de sistemas resultantes de atividades de projeto de engenharia que recaem em uma abordagem recorrente, na qual cada sistema pode ser analisado recursivamente como resultante da interligação de subsistemas, cada um destes também estruturado na forma de sub-sub-sistemas, e assim por diante. Após completar 10 anos de existência, o curso iniciou um processo de reformulação visando alinhar-se a versões mais recentes de normas e documentos de referência da área de Engenharia de Sistemas, em especial o Framework de Competências do INCOSE, bem como às novas Diretrizes Curriculares Nacionais de Engenharia e às Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, seguindo Resoluções de referência da própria UFMG.

Assim, de forma alinhada aos padrões, competências e conhecimentos internacionalmente estabelecidos, o Bacharelado em Engenharia de Sistemas da UFMG se distingue da maioria dos cursos de engenharia no país, não apenas pela sua especificidade temática e de área, mas também por uma abordagem teórico-prática que procura integrar a formação técnica com uma formação humanística e integradora do indivíduo, para além do conhecimento tecnológico. Em função da interdisciplinaridade inerente à Engenharia de Sistemas, o curso possibilita ao estudante a escolha do conteúdo e da atividade acadêmica de seu interesse dentre grupos direcionados de carga horária, permitindo articulação não só com outras áreas da engenharia e do conhecimento, mas também entre ensino, pesquisa e extensão.

Fazem parte da estrutura curricular do curso de Engenharia de Sistemas atividades acadêmicas que promovem a interação entre os estudantes, docentes e diversos setores da comunidade, visando aplicar o conhecimento adquirido ao longo do curso em problemas e questões contemporâneas complexas presentes no contexto técnico social, bem como compartilhar e produzir novos conhecimentos. Complementando a formação do estudante como cidadão crítico e responsável, tais atividades acadêmicas possuem não só cunho interdisciplinar, ao integrar aspectos educacional, político, cultural, científico e tecnológico na solução de problemas, mas também interprofissional, ao permitir a participação de indivíduos de diferentes ocupações, e intercultural, em função da diversidade cultural que se manifesta na sociedade atual.

 

Em uma visão mais humanística, visando complementar a formação do estudante enquanto pessoa e cidadão, no Bacharelado em Engenharia de Sistemas é incentivado o uso de ferramentas tecnológicas para apoiar a solução de problemas sociais, em busca de um impacto social positivo decorrente do emprego adequado da tecnologia vista ao longo do curso. Conhecida como Tecnologia Social (TS), tal abordagem tem como base o desenvolvimento e a disseminação de soluções para problemas voltados a múltiplas demandas da sociedade, relacionadas a diversas áreas – entre elas trabalho, educação, renda, conhecimento, cultura, saúde, alimentação, habitação, recursos hídricos, saneamento básico, meio ambiente, energia e igualdade social –, que sejam não só efetivas e reaplicáveis, mas que também promovam a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das populações em situação de vulnerabilidade social.

Dentre as principais características acadêmicas do Curso, destacam-se:

  • Redução da carga horária expositiva em sala de aula, forma tradicional do aprendizado passivo;

  • Foco em projetos multidisciplinares e aprendizado ativo, por meio da valorização e integração de conhecimentos com projetos desenvolvidos em laboratórios;

  • Distribuição dos conteúdos de Engenharia de Sistemas na matriz curricular, visando motivar o estudante desde o ciclo básico;

  • Organização da grade horária de forma a possibilitar desenvolvimento de atividades de estágios profissionais intermediários (não-obrigatórios);

  • Valorização do Estágio Supervisionado (obrigatório);

  • O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como uma atividade de formação integradora e de avaliação concreta do cumprimento dos objetivos do curso, incluindo tanto aspectos científico-tecnológicos quanto aspectos de reflexão e avaliação crítica social, econômica e cultural.

 

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