Cursos de Engenharia de Sistemas utilizados como referência
Os cursos de Engenharia de Sistemas criados mundo afora são em geral resultantes de derivações de quatro áreas específicas anteriormente existentes: Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Ciência da Computação e Engenharia de Produção. A história de fundação de cada curso, bem como as demandas industriais existentes em cada caso determinaram a formatação específica de cada um. Inédito no Brasil na época de sua criação, o Curso de Engenharia de Sistemas da UFMG utilizou quatro instituições como referência:
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École Polytechnique (Paris, França), criado em 2003, que oferece três modalidades de especialização: em “sistemas veiculares” (aviões, automóveis, trens), em “sistemas de informática” e “sistemas autônomos”. O título de Engenheiro de Sistemas é concedido na forma de um “mestrado”, com dois anos de duração, que se segue a um curso de bacharelado constituído de três anos de disciplinas “básicas” e um quarto ano de disciplinas “de engenharia” genéricas, que podem ser obtidas nas áreas de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica ou Computação.
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University of Sheffield (Sheffield, Inglaterra), que oferece a formação no nível de graduação em Engenharia de Sistemas com sete ênfases: computação, eletrônica, sistemas mecânicos, sistemas médicos, mecatrônica, gerência e sistemas de controle.
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Massachusetts Institute of Technology - MIT (Cambridge-MA, Estados Unidos), que oferece a Engenharia de Sistemas em nível de mestrado com um viés basicamente gerencial. O Engenheiro de Sistemas lá formado tem essencialmente o papel de avaliar novas tecnologias e gerenciar sua implantação em sistemas produtivos.
University of Waterloo (Ontário, Canadá) que oferece o curso “Systems Design Engineering'', que provavelmente é o curso de Engenharia de Sistemas mais antigo, iniciado em 1964, e que possui o recorte de áreas do conhecimento mais parecido com a proposta da UFMG. Ele se fundamenta em conteúdos básicos de Engenharia Elétrica, mas agrega carga significativa de conteúdos de Engenharia Mecânica e Ciência da Computação. Não há ênfases pré-definidas, e o estudante deve completar a carga horária requerida com disciplinas “optativas” que abrangem um elenco bastante diversificado de aspectos de ramos diversos da Engenharia.