Tipos de modelos
Tendo um amplo escopo de aplicação, os modelos podem ser divididos em diversas categorias, de acordo com sua construção, aplicação ou escopo. Conhecer os diversos tipos de modelagem pode facilitar sua aplicação e aproveitamento na Engenharia de Sistemas. As principais classificações de modelos são:
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Formais vs. Informais: um sistema qualquer pode ser representado e descrito de diversas formas, contudo, para um modelo ser aplicado na Engenharia de Sistemas baseada em modelos ele deve ter um certo grau de formalismo. Bons indicativos do formalismo são o uso de uma linguagem de modelagem e a adequação a convenções.
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Físicos vs. abstratos: modelos físicos são objetos concretos do sistema, muitas vezes em escala, enquanto modelos abstratos podem ser constituídos de equações, relações lógicas e descrições de máquinas de estados, entre outros.
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Descritivos vs. analíticos: modelos descritivos são aqueles que especificam relações lógicas de um sistema, como suas partes, como se inter-relacionam, quais testes devem ser feitos para diagnósticos específicos. Já os modelos analíticos são descrições matemáticas de partes dos sistemas, como, por exemplo, equações diferenciais descrevendo o movimento de um pêndulo de relógio. Também é possível criar modelos híbridos descritivo-analíticos, conforme a necessidade do projeto.
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Modelos de domínios específicos: são aqueles com aplicações restritas a uma área, por exemplo diagramas de circuitos para representar um processador, o que pode incluir outros modelos de domínio específico, como um modelo térmico do chip.
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Modelos de sistemas: constituindo o objeto principal na ESBM (Engenharia de Sistemas Baseada em Modelos), esses modelos devem fornecer informações tanto gerais, quanto dos domínios relevantes para um projeto, com modelos específicos para o público ou a equipe em contato com uma determinada área do sistema. Um modelo de sistema deve ser capaz de fornecer suporte a todas as fases do ciclo de vida, como levantamento de requisitos, projeto, análise e verificação.
A ESBM precisa lidar com diversos tipos de modelos, portanto é interessante conseguir integrar ou converter os modelos entre si. Um requisito para a fácil integração e conversão de modelos é a realização da modelagem utilizando-se linguagens formais, com respeito à sintática e semântica das linguagens escolhidas. Para realizar tais trocas de informação, podem ser usadas ferramentas (softwares) de modelagem, APIs ou até mesmo repositórios compartilhados.